Então, vamos terminar o último post...

O secretário falou bem no "programa de entrevistas". Como qualquer político de primeira falaria. E falou de projetos. Projetos e mais projetos... Pouca coisa de concreto.

O projeto de aluguel de bicicletas que deveria ter nas "magrelas" um caminho para o trânsito do Rio, para um transporte mais barato e menos poluente, por exemplo, não deslanchou como o próprio secretário reconheceu.

Ele foi perguntado sobre o serviço das barcas e se restringiu apenas a dar dados sobre um aumento significativo no número de passageiros/ano. Mas não houve espaço para falar sobre tarifas, somente sobre o bilhete único, compromisso do Cesar Maia pós-eleições 2004, promessa de campanha do Sergio Cabral em 2006, do Eduardo Paes em 2008 e que está longe de ser realidade. Mais um projeto.

Partindo do princípio que o governador quer cumprir essa promessa até o final do seu (primeiro) mandato, temos ainda um ano para que o projeto vá para a prática. Até lá, imagina quanto custará uma simples viagem Praça XV-Niterói de barca... Uns R$3 fácil!

Ele falou também sobre o metrô, que no Rio é triste! Só não é vergonhoso porque, pelo menos aparentemente, é bem administrado e conservado. Mas tudo tem um preço e o preço do Metrô Rio aumentou recentemente também, chegando a R$2,80 para um sistema:

- de apenas 37 km de extensão;
- duas linhas;
- 33 estações.

Aí vem a vergonha. O metrô de Moscou, na Rússia, tem:

- 292 km de extentsão;
- doze linhas;
- 177 estações.

Evidentemente que são comparações que precisam ser feitas com cuidado, já que a reportagem da Folha em que peguei essas informações fala numa inauguração atrasada das primeiras estações do metrô russo, a partir de 1935. No Rio, as primeiras obras foram entregues na década de 70. Mesmo com cautela é difícil acreditar nos projetos do "secretário" para o começo e entrega das obras do metrô até a Barra. Se para ser inaugurar a estação de Ipanema vão ter demorado uns vinte e poucos anos, imagina pra levar o metrô até a Barra.