6.7.11

Antes que venham com a batida frase que diz que "no Brasil é proibido fazer sucesso", quero dizer que não tenho o menor problema com pessoas que fazem sucesso - desde que justificado.

A fama de bom moço de Luciano Huck não é de hoje e por isso não me incomoda há pouco tempo. Na verdade, o que me incomoda são as pessoas acreditarem que, de fato, um empresário gosta e respeita gente pobre - como eu e você.

Esse incômodo, entretanto, se restringia a não assistir seus programas, mas recentemente aconteceram dois fatos que me mostraram que não dava para ficar alheio aos assuntos (sujos) do bom-moço.

O primeiro fato foi numa pesquisa de opinião, da qual eu fazia parte. Perguntaram o que achávamos de uma marca X e logo a classificaram como "fanfarrona", "que quer se aproveitar dos outros". Em seguida a questão foi: quem seria uma celebridade que a representaria bem? Mandei na lata: Luciano Huck. Os demais presentes quase me mataram de ódio e indignação.

Dias depois a justiça de Angra dos Reis determina multa de R$40.000 (uma fortuna!) pelo fato de o apresentador estar criando mariscos de maneira ilegal. Boias foram instaladas sem autorização em frente à sua casa, construída em área de proteção ambiental de acordo com outro processo em que a defesa do apresentador é do escritório da primeira-dama-amiga-da-high-socity-carioca, Adriana Ancelmo. As boias impediam a chegada de banhistas à praia "do" apresentador.

Ou seja, amigo navegante (como diz Paulo Henrique Amorim): o tucano - de nariz e quase-filiação partidária - vai deixar a TV e suas reformas bregas de residência de lado para dedicar-se à maricultura. Não, ele não quer impor exclusividade em um espaço público; quer apenas ostras.

O amigo do Aécio e investidor de retorno garantido não tem motivos para ser paparicado por nós, só pelo PiG.

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