13.7.11




O governador Sergio Cabral chamou de vândalos os bombeiros que estavam em greve e que, para protestarem, entraram no quartel.

Sergio Cabral também chamou o Bope para contornar a situação - ele pensa que o Bope resolve tudo.

Mas o governador voltou atrás e se desculpou. Coisa de político profissional. Coisa de quem sonha em ser o vice do Lula em 2014, apostando em um fracasso de leve da presidenta Dilma.

Cabral não sabe lidar com situações em que sua competência ou qualidades sejam questionadas.

Depois dos escândalos do avião do Eike e da festa do amigo empreiteiro (que você pode entender melhor aqui e aqui), ele resolveu se blindar na greve dos professores da rede estadual, que dura mais de um mês. Coisa de político profissional.

Apenas o secretário de Educação é chamado para negociar com o movimento grevista e dar satisfações à sociedade, através da mídia. Mídia, aliás, que é muito paciente com o governador amigo da high society carioca. Não vamos entrar nesse assunto agora.

A crítica que se faz é: o governo diz não ter condições orçamentárias de assumir compromissos de aumento de salários. Fala, ainda, que o alto número de funcionários da educação (é a maior categoria do estado, mesmo com tamanha falta de professores nas salas de aula) geraria um custo previdenciário alto, que não poderia ser pago.

Ficam algumas perguntas, governador.

Porque reformar o Maracanã ao custo de 705 milhões de reais, podendo chegar a 1 bilhão, já tendo anunciado sua privatização após a Copa de 2014?

Onde estão os investimentos estrangeiros tão comemorados nos caríssimos comerciais da TV e na sua (também caríssima) campanha?

E os recursos que o Rio irá garantir com o pré-sal? Vão parar aonde?

Porque classificar como "investimento" o empréstimo junto ao BNDES para o novo Maracanã e classificar como "custo" o aumento aos professores e demais servidores do estado?

Ficam as perguntas, que certamente não terão respostas do político profissional.

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